Protagonismo Juvenil é debatido por especialistas em Seminário de Mobilização Social pela Educação

Castillo: redução de violência em escolas de comunidades em conflito

Como desenvolver o Protagonismo Juvenil em comunidades em situação social vulnerável foi um dos temas abordados no primeiro Painel realizado na manhã do dia 14 de outubro, durante a programação do I Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação – Interação família-escola-comunidade.  O assunto foi tratado pelo consultor guatemalense, especialista em Desenvolvimento, Educação e Segurança Integral, Marco Antonio Castillo e pelo especialista brasileiro em Juventude, Cidadania e Aprendizagem Cooperativa, Manoel Andrade Neto.

Marco Castillo, que também representa a Asociación Grupo Ceiba, da Guatemala, fez explanação sobre um modelo de redução da violência em centros escolares de comunidades em conflito ou disputa. Entre os fundamentos para a construção desse modelo, ele pontuou que a educação deve ser planejada conforme o tipo de sociedade a que ela será dispensada. “As alterações sociais provocam problemas que a escola não está preparada para enfrentar”, destacou, lembrando, ainda, que estigmatizar os jovens como violentos é reducionismo. 

Atividades da Asociación Grupo Ceiba na Guatemala

No âmbito da proposta pedagógica, o consultor da Guatemala enfatizou que as práticas educativas não têm respondido às demandas geradas pelos novos tipos de violência e que é necessário reconhecer que a violência muda segundo os contextos sociais. “A escola deve promover o ensino/aprendizagem da prática de valores como a autonomia e a responsabilidade por parte dos jovens”, defendeu.

Ele também reforça a importância da interação entre as famílias e os profissionais da escola para que, em conjunto, busquem soluções para os conflitos e demandas que comprometem a qualidade da educação. O olhar atento às novas culturas juvenis, a aproximação e incorporação dessas novidades à prática escolar e o reconhecimento de que a juventude está exposta à violência todo o tempo são defendidos, do mesmo mesmo, por Marco Castillo, como elementos essenciais na definição da proposta pedagógica das unidades de ensino.

Ação da Asociación Grupo Ceiba na Guatemala

No contexto dos centros educacionais localizados em comunidades com conflitos, ele cita como desafio aos mobilizadores sociais pela educação – profissionais da educação, gestores, voluntários, famílias e lideranças sociais, entre outros – a construção de um plano de trabalho que antecipe os danos gerados pelas situações de violência. Para esse enfrentamento, Castillo sugere a formação de um grupo de voluntários, dentro da escola, que ele denomina Plataforma de Construção da Paz. Esse grupo poderá coordenar a capacitação local de atores juvenis e comunitários. Poderá, ainda, estimular o uso de outros centros móveis de Paz por parte da comunidade e dos profissionais da escola para preparação de jovens na resolução de conflitos. 

Castillo: proposta pedagógica que antecipe os conflitos

Assim, como aponta Castillo, o protagonismo juvenil e da comunidade, a abertura de espaços para a resolução dos conflitos e a articulação de redes e lideranças sociais são elementos que podem colaborar com a redução da violência juvenil na escola e em seu entorno, além de indicar um novo futuro para os jovens beneficiados por essas iniciativas.

Confira nesta terça-feira (08), no site e no blog da Mobilização, as informações referentes à exposição de Manoel Andrade Neto sobre Protagonismo Juvenil realizadas durante o I Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação – Interação família-escola-comunidade. 

Acesse aqui o conteúdo da apresentação de Marco Castillo.

Acesse aqui as imagens dos painéis expostos pelas secretarias municipais de educação, por mobilizadores e membros de Comitês de Mobilização. Imagens: Maisa Cardoso
Acesse aqui  mais imagens sobre o Seminário.
Acesse aqui as imagens dos estandes de parceiros e realizadores do Seminário.

Imagens desse texto do Seminário e dos estandes: Chico Gadelha